segunda-feira, 27 de abril de 2009

Da atualidade.

Acho que tô meio desatualizada textualmente; quero dizer, a maioria dos blogs que leio sempre têm posts ma-ra-vi-lho-sos puxados por algum assunto que tá rolando por aí.
Tipo o "bate-boca" Mendes - Barbosa na semana passada.
Aí me deu um estalo. Aí travei.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Across the universe.

E eis que não são Cantores do Mundo, pelo menos não no nome. Le correct é Cantores de Rua.

Over here.

http://www.youtube.com/watch?v=SkQaYP9Sqss&feature=related

Avalanche.

Ontem foi atípico. De verdade. Porque assim, eu gosto de escrever sobre coisas que me passam de repente à cabeça, ou então, de escrever alguma coisa bem construída e pensada, pra valer a pena o trabalho. É meio
8 - 80
eu sei, mas é assim que eu funciono. Então, ontem meio que tudo me passava de repente, tudo poderia ter virado texto; parecia aquela visão semiótica (não sei se a americana ou a francesa, não lembro) em que tudo é texto, tudo tem um porquê e etc etc etc.
Começou com a Veroca, que deixou a porta de casa bater e ficou presa pra fora por mais ou menos umas duas horas (durante as quais caiu uma chuva torrencial - o que é beem normal - na cidade toda) até que eu chegasse com a minha chave; que não estava comigo :)
Depois, peguei o ônibus pra universidade, e qual não foi a minha surpresa quando escutei Bruno e Marrone! Tocando tipo no ônibus messsmo, pra todo mundo ouvir. E o mais legal era que a galera cantava! ha ha ha ha A maioria das pessoas que entraram no ônibus já subiam cantando; égua, foi o máximo. Não só porque eu adoro B e M, mas também porque (pelo menos eu acho) era um dos primeiros cds da dupla que tava tocando, com clássicos do naipe de
"Vaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai amanheceeer, e dessavezeu quero aaaacordar sozinho
Vai ser melhor pra nós
Vai ser melhor pra mim
Vai ser melhor assi-ii-im
Vaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai, vou te esquecer sevocêjánão me quer maais na sua viiida
Euvou lembrar você
Mas tenho que esquecer
Nossos caminhos já não tem outra-a-a saííídaaa"

Música é integração, interação e difusão.
* tá certo que essa segunda parte do refrão é meio franquinha e contraditória, mas ah velho, é sertanejo.
** e só pra clarear, gosto SIM de sertanejo, mas NÃO apenas.

Ah, lembrei de outra coisa que me passou às fuças. Li uma matéria bem miúda sobre três personas que apresentavam um programa de crítica musical. Diferencial: os três (deux hommes et une femme) têm mais de 60 anos. Se não me falha la memoire, o mais velho tem 84. Égua, achei isso louco. Olha o sub da manchete: "Programa ‘Breakfast at Sulimay’s’ traz idosos discutindo música pop. De Sepultura a Animal Collective, nada escapa ao trio." ha ha ha Demais. É meio assim que eu quero chegar nos oitentão.

Isso me puxa uma outra coisa, que rolou na aula. A professora (ah essa professora mano, um dia crio coragem pra fazer um registro bem feito dela, merece) passou um vídeo com a música "Stand by me", numa versão magnífica, com uma edição bem feita. Era tipo assim, cantores negros (a maioria) de váááááááários países do mundo, e todos, absolutamente, cantores de rua (tipo o do maravilhoso filme "Once"). Segundo a mestra, o vídeo é o terceiro de uma série chamada Cantores do Mundo.
Vou procurar mais coisas sobre isso.

A música, égua. É uma coisa impressionante.

Aí, pra fechar o dia, comecei a assistir "O Escafandro e a Borboleta", que eu nem sabia qual era a história, loquei mesmo porque achei o título legal. É bom escolher filmes assim às vezes. Resumindo: é a história do editor da revista francesa Elle, que sofreu um derrame e paralisado ficou todo, exceto o olho esquerdo. Quando começou o filme, tipo o ângulo pelo qual a gente vê é o do cara derramado, como se vissemos pelo olho dele; as coisas embaçadas, meio sai de foco entra em foco, porque ele tá saindo de um coma de três semanas, um campo de visão limitado e tudo o mais. É bem ruim isso, de ter uma limitação desse tipo.
Óbvio, eu sei.
Mas por causa desse ângulo de visão do diretor a coisa fica mais real, e a gente meio que entende messsmo a agonia de querer e não poder (no caso, se mexer). Bom, eu parei de assistir o filme bem antes do final, porque tinha que devolver na locadora, mas até onde eu vi, gostei. Depois que eu relocar e assistir até o fim, talvez eu comente.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Silicone.

Égua velho, eu com vontade de escrever, sério messsmo, mas esse teclado de silicone é tão mas tão , que vou sufocar a inspiração até amanhã. Aonde eu tava com a cabeça quando achei esse teclado legal?


Saco.
(Ontem eu escrevi do notebook da minha prima. E agora percebo que o teclado é um grande influenciador de querer ou não escrever. Até dava pra fazer isso agora, não fosse o fato de que a prima já tá dormindo, mais o fato de que o nb já tá desligado, e ainda, que são mais de mea note e amanhã - hoje, né - eu vou voltar ao trampo.)

Nunca comprem teclado de silicone; são todos uma farsa.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Guima.

Só pra constar que achei o tal pedaço de idéia do Guimarães que eu falei no outro post.

"Todos estão loucos, neste mundo? Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total.
Todos os sucedidos acontecendo, o sentir forte da gente - o que produz os ventos.
Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor.
Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura."

Guimarães Rosa

Uma semana de cidadão.

Fazia uns 10 anos fácil, fácil que eu não viajava de avião. E uns outros 10 mais fáceis ainda que eu não ia à São Paulo. Cheguei lá, umas 7 da manhã, aí as meninas e eu pegamos um táxi direto pro hotel. A primeira coisa que senti quando cheguei foi cinza. Nem ruim nem bom, mas cinza. Um sentimento cinza numa cidade cinza. E fria. Porra, saio daqui da média de 30 - 33ºC pra ser recebida com 15ºC??? Foi meio congestionante nos primeiros dois dias, o nariz e a garganta ficaram sequinhos, mas depois fiquei de boa (exceto na hora do banho:D).
Como chegamos no domingo de Páscoa e praticamente de madrugada, não vimos muita gente na rua. Parecia uma cidade fantasma. Ou, com um pouquinho mais de ousadia, parecia que todo mundo (menos os taxistas, amém) tinha saído pra deixar a cidade só pra gente. Acho que essa recepção meio fria e vazia me deu a chance de enxergar exatamente o que eu imaginava da cidade: as ruas clean, uma infra-estrutura do caralho, tunéis, ladeiras, metrô (que merece um post à partê), mato, frio, nenhum outdoor, cinza, beleza, prédios, prédios, casas, prédios e asfalto. Resumindo, um cidadão.
Foi tão bacana, tão não-programado, tão espontâneo, e mega enriquecedor. Eu já tinha esquecido essa sensação que as viagens provocam nas pessoas (pelo menos em mim), de querer tanto, o tempo todo, e essa sede de ir, de ver, conhecer, saber, sentir. Sempre gostei de viajar, mesmo mesmo, mas essa semana lá na Cinzenta reacendeu as lamparinas do meu juízo de turista. Agora é trabalhar pra viajar (dado que trabalho= salário= economizar= comprar passagens em promoção= viajar= viajar [é, porque viajar não é igual a alguma outra coisa]). Como bem disse Guimarães Rosa, não exatamente com essas mesmas palavras que eu vou escrever, mas com a mesma idéia: a gente tem necessidade de aumentar a cabeça, pra poder absorver o total.
Eu ouvi isso lá no Museu da Língua Portuguesa, que meu, é um dos lugares mais incríveis que eu visitei, mais bem pensados e interativos que já fui. Não é só um negócio que tu entra e vê e admira e não entende nada e vai embora. Lá as coisas fazem sentido. Tanto é que foi lá que eu finalmente entendi a minha paranóia de sempre fazer um blog e não escrever, abandonar e blá blá blá. E aí, eu vi que o nome desse blog faz todo o sentido pra mim, porque eu realmente não gosto de corpo alma e coração de ficar escrevendo. Quer dizer, não gostava. Quer dizer, ainda não gosto, mas gosto mais do que não gostava antes.
Bendito Guimarães.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

De repente.

De repente você tem uma conversa tão bacana, tão inesperada, tão surpreendente, que aquelas complicações da vida são reduzidas à grão de areia.
É amizade.

domingo, 5 de abril de 2009

Cabeça.

A vida tem umas complicações que sei lá por que existem.
Saber é complicado, decidir, escolher, ganhar dinheiro, é tudo difícil.
Escrever aqui é difícil. Porque atesta o medo: a gente (eu) não é aqueeele escritor em potencial que pensamos (penso) que somos (sou). Estudar é complicado, fazer prova, namorar, pegar ônibus, ir pra São Paulo, lidar com pessoas psicopatas que te dão a certeza de que, pelo menor motivo ela vai te fazer algum mal, é complicado. Dá medo, insegurança, culpa, remorso, pena, angústia. As coisas têm que ser leves, não fortes. Seria menos complicado. E menos doloroso.
Mas que postzinho mais versão "o blog é um diário virtual". Mas o que as pessoas não entendem é que não existem diários de papel, virtual, eletrônico, de caderno, de agenda ou de qualquer outra coisa. Os diários são reais, e têm e são a forma das pessoas que os escrevem.