quinta-feira, 18 de março de 2010

Remerciement.

Por isso que sempre leio tudo da capa até a bibliografia.



"À memória de Philadelpho Menezes,
for the sake of friend ship,

filho-irmão intelectual que, admirada,
vi crescer como árvore frondosa na plenitude do que prometia.
Phila era um sol
com toda a confiança que o sol nos dá de que continuará brilhando.

Partiu
como um soco na barriga do mundo,
o muro do real se escancarou."

(Lúcia Santaella)

sexta-feira, 5 de março de 2010

If you surrender.

Deixou a casa feliz, enxergando o mundo na altura exata
dos seus 6 anos,
nada mais.
Num vestido colorido, vovó que fez.
A mão pendurada na mão, da mãe, suava.
Soltou e correu, rindo.
Era sempre uma brincadeira, correr. Chegou, então, ao ponto; olhou a mãe fazer sinal e subiu as escadas. Rolou por baixo da roleta - se estivesse com o pai, provavelmente voaria por cima dela, mas com a mãe, delicada mulher das unhas feitas religiosamente a cada fim de semana, o céu era o chão.
Sentou à janela e sentia o vento correr, fazendo barulho no ouvido e bagunçando os cabelos; o sol no rosto era quente, mas nem ligou. Olhou a rua correndo, a calçada voando e as árvores dançando - ela adora árvores.

Aí, uns anos depois, correr era muito cansativo, o vento irrita quando bagunça os cabelos, e o sol coitado, é uma desgraça.
Mas continua gostando das árvores.